Brunello di Montalcino: um monumento italiano!
Um vinho de tanino moderado, produzido apenas com uvas Sangiovese e que consegue projetar um riquíssimo mosaico de sabores: cereja preta, orégano seco, balsâmico envelhecido, pimenta vermelha e, com idade, figo, tabaco doce, café expresso e couro.
Uma mera menção ao nome já causa alvoroço entre os enófilos, dos iniciantes aos mais experientes. Não há quem fique indiferente diante de uma garrafa de Brunello di Montalcino, que muitos consideram um monumento italiano. Um vinho criado para ser grandioso, no melhor estilo ancestral, quando o conceito de tempo era diferente da pressa de hoje.
Um ícone mundial dos vinhos, ele foi o primeiro a receber a certificação mais nobre dos rótulos italianos, a DOCG (Denominazione di Origine Controllata e Garantita). Um certificado que garante o rigor na produção e na qualidade dos vinhos italianos. Essa categorização foi criada para garantir a continuidade e qualidade da produção vinícola da Itália, em todas as regiões do país, onde se utilizam apenas um tipo de uva para criar vinhos específicos, como é o caso do Brunello, ou mais de uma uva, como é o caso de outros vinhos famosos.
O Brunello di Montalcino é produzido exclusivamente a partir de uvas Sangiovese Grosso, um clone da Sangiovese desenvolvido por pesquisas e experimentos do próprio criador dos Brunelli. Apesar de também ser cultivado em outras áreas da região central da Itália, esse clone da Sangiovese só encontra as condições para o desenvolvimento e maturação perfeitos em Montalcino.
A criação
O criador e primeiro produtor do Brunello di Montalcino foi Clemente Santi, um farmacêutico apaixonado pela viticultura. Na primeira metade do século XIX, ele decidiu produzir um vinho de qualidade, bem diferente do Chianti, até então o principal vinho da região da Toscana.
A partir da Sangiovese, a principal cepa italiana, ele pesquisou e desenvolveu diferentes clones dessa uva. Seu trabalho resultou no clone Sangiovese Grosso, ou Brunello — significa “moreninho”, em português. O nome científico da Sangiovese Grosso é uma homenagem ao seu criador: BBS (Brunello Biondi Santi).
As diferenças mais acentuadas entre o clone Brunello e a Sangiovese normal são o formato dos cachos e das folhas, disposição dos bagos e casca mais grossa, com mais tanino e cor.
Estudiosos afirmam que este vinho é produzido há séculos na região da Toscana, na cidade de Montalcino. Porém, a obra-prima de Santi só recebeu a denominação “Brunello di Montalcino” em 1870. Apesar do tempo de produção, o vinho só ganhou prestígio como marca a partir do século 20.
Em 1966, o Brunello di Montalcino foi reconhecido como DOC (Denominazione di Origine Controllata). Mais tarde, em 1980, ele foi o primeiro vinho a obter a maior classificação dos vinhos italianos: a DOCG (Denominazione di Origine Controllata e Garantita).
Outra distinção recebida foi em 1999, quando a revista americana Wine Spectator elegeu os “Vinhos do Século”, em um artigo de James Suckling. Na lista de apenas 12 vinhos tintos, estava o Brunello di Montalcino Biondi Santi Riserva 1955.
Esse reconhecimento tardio deveu-se à praga Filoxera, que dizimou vinhedos europeus no final do século 19. Na ocorrência, o principal clone usado para o replantio foi a BBS.
Estima-se que hoje existam quase 200 produtores de Brunello di Montalcino. Juntos, eles engarrafam quase 7 milhões de litros ao ano. Entretanto, o nome Brunello não pode ser usada em vinhos produzidos em outras regiões, mesmo que sejam produzidos a partir da Sangiovese Grosso.
A Produção
Com o passar dos anos, muitas técnicas de produção dos Brunello foram aprimoradas. O Brunello é um vinho encorpado, complexo e alcoólico na medida certa. Para sua produção, é preciso seguir algumas regras como: ser composto por 100% de uvas Brunello (Sangiovese Grosso); as uvas cultivadas devem ter um rendimento máximo de oito toneladas por hectare; amadurecer, pelo menos, 50 meses antes de chegar ao mercado. E desse período, ao menos dois anos em barris de carvalho e o restante em garrafa; para os “Riserva”, o tempo mínimo de envelhecimento é 62 meses; e possuir um teor alcoólico mínimo de 12,5%.
O Brunello destaca-se por sua excelente capacidade de guarda. Segundo enólogos, a longevidade dos Brunello di Montalcino está associada às suas técnicas de produção, que conservam ao máximo o teor de polifenóis das uvas. Alguns dos melhores exemplares podem durar por até 30 anos ou mais, se bem guardados.
Harmonização
Para desfrutá-lo e aproveitar sua complexidade e aromas ao máximo, é indicado que este tipo de vinho seja decantado por, pelo menos, uma hora antes de ser servido, entre 16 ºC e 18 ºC.
Perfeito para harmonizar com carnes vermelhas em geral, devido a sua acidez moderada, Brunello di Montalcino ajuda a realçar os aromas da refeição. Não é por acaso, portanto, que pratos à base de tomate e a culinária inspirada na Toscana, que destaca o azeite e o vinagre, são acompanhantes perfeitos para este vinho.
Você já experimentou o renomado e elegante Brunello di Montalcino? Conte para nós!
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