Se você aprecia vinhos encorpados, complexos e com grande potencial de envelhecimento, a Aglianico é uma uva que precisa estar no seu radar. 

Cultivada principalmente nas regiões de Campânia e Basilicata, no sul da Itália, essa casta dá origem a rótulos marcantes, com taninos firmes e aromas profundos de frutas negras, tabaco e especiarias.

Mas o que torna a Aglianico tão especial? Vamos explorar seus segredos!

A Aglianico é frequentemente comparada à Nebbiolo, a uva do icônico Barolo. Isso porque ambas apresentam alta acidez, taninos expressivos e uma incrível capacidade de evolução ao longo dos anos. Nos vinhos mais jovens, os sabores rústicos e terrosos chamam atenção, enquanto o tempo de guarda revela camadas de frutas maduras, notas defumadas e um toque de especiarias.

Os vinhos de Aglianico são conhecidos por sua estrutura impressionante. Eles apresentam cor intensa, taninos marcantes, alta acidez e um potencial de guarda de 10 a 20 anos. Por seu caráter robusto e acidez elevada, os vinhos de Aglianico pedem pratos intensos e ricos em sabor.

Quer experimentar um Aglianico autêntico? Na Ivini, você encontra o Aglianico del Vulture DOC, um rótulo impressionante que expressa toda a potência dessa uva incrível! Com seu visual vermelho rubi com reflexos granada, aroma de frutas negras, tabaco e especiarias, ele é perfeito para harmonizar com massas, carnes e queijos curados. 

Essa uva representa o que há de melhor no sul da Itália e tem um lugar especial em nossos corações. Já experimentou a Aglianico? Conta para a gente. 

A viticultura italiana é uma das mais antigas do mundo, sendo um verdadeiro reflexo da cultura e tradição do país. A diversidade de terroirs e microclimas, aliada à sabedoria dos produtores, faz da Itália uma potência na produção de vinhos de qualidade. Vamos conhecer cinco regiões icônicas e os vinhos que melhor representam cada uma delas.

Toscana: A Essência do Vinho Italiano

A Toscana é conhecida por seus vinhos tintos sofisticados, sendo o lar da uva Sangiovese. Esta uva é a base de alguns dos vinhos mais emblemáticos do país, como o Chianti e o Brunello di Montalcino. A região combina tradição e inovação, mantendo-se como referência no mundo do vinho.

Destaque da Ivini: Creatio 1511 Sangiovese Toscana IGT – Um vinho tinto equilibrado, com notas de cereja preta e violeta, taninos macios e acidez vibrante. Ideal para harmonizações com carnes vermelhas e massas ao sugo.

Piemonte: A Elegância dos Vinhos Nebbiolo

O Piemonte é uma região montanhosa que produz vinhos encorpados e de longa guarda. O destaque vai para o Barolo e o Barbaresco, elaborados com a uva Nebbiolo, que traz vinhos potentes e elegantes.

Destaque da Ivini: Barolo DOCG – Complexo e estruturado, com aromas de frutas vermelhas maduras e especiarias tostadas. Seu paladar encorpado e taninos refinados fazem dele a escolha perfeita para carnes assadas e queijos curados.

Veneto: A Terra dos Grandes Tintos e Espumantes

A região do Veneto é famosa tanto por seus espumantes Prosecco quanto pelos tintos encorpados da Valpolicella. Vinhos como Amarone e Ripasso são expressões autênticas do terroir local.

Destaque da Ivini: Le Preare Amarone della Valpolicella DOCG – Um vinho de grande estrutura e intensidade, com notas de cereja preta, ameixa seca e especiarias doces. Amadurecido por 24 meses em barricas de carvalho, é perfeito para pratos elaborados e carnes grelhadas.

Sicília: O Berço dos Vinhos Mediterrâneos

A maior ilha do Mediterrâneo é também uma das mais importantes regiões vinícolas da Itália. Suas condições climáticas favorecem vinhos expressivos, como os elaborados com a uva Nero d'Avola.

Destaque da Ivini: Baglio di Stefano Nero d'Avola Sicilia DOC – Um vinho elegante, com taninos equilibrados e notas de frutas vermelhas e especiarias. Ideal para acompanhar massas com molho à bolonhesa e carnes assadas.

Puglia: Tradição e Vinhos Encorpados

A Puglia é famosa por seus vinhos intensos e frutados, sendo o berço da uva Primitivo. O clima quente e as brisas do Mediterrâneo criam condições perfeitas para vinhos encorpados e aromáticos.

Destaque da Ivini: Ca'Boscari Negroamaro Primitivo Salento IGT - Um vinho de cor vermelha intensa com reflexos arroxeado, com notas de frutas vermelhas maduras. Cravo, tabaco e especiarias em geral. Um vinho estruturado, com corpo cheio e sedoso, excelente para acompanhar churrasco e queijos curados.

A Itália é um verdadeiro paraíso para os amantes do vinho. Seja qual for a sua preferência, sempre haverá um rótulo especial para acompanhar seus momentos.

Qual dessas regiões você gostaria de conhecer? Conta pra gente.

Barolo e Barbaresco são duas joias da viticultura do noroeste da Itália, na região do Piemonte, ambas produzindo vinhos a partir da uva Nebbiolo, mas com características marcadamente distintas. O que faz esses vinhos se destacarem, e como as suas diferenças afetam o sabor?

A principal diferença entre Barolo e Barbaresco está no solo. O terroir de Barbaresco é mais nutritivo, o que reduz a intensidade dos taninos, tornando os vinhos mais acessíveis e com um paladar mais suave que o Barolo. Ambos compartilham os inconfundíveis aromas de rosa, perfume e molho de cereja, mas Barolo exibe taninos mais robustos e demanda mais tempo de envelhecimento para atingir seu potencial máximo.

Enquanto o Barolo precisa de pelo menos três anos de envelhecimento antes de ser lançado (cinco anos para a versão Riserva), o Barbaresco pode ser apreciado após dois anos de maturação (quatro anos para a Riserva). Esse tempo extra dá ao Barolo a chance de suavizar seus taninos intensos e desenvolver complexidade. Vale lembrar que, no passado, o Barolo era um vinho mais doce e frutado, semelhante ao Porto, mas ao longo dos anos evoluiu para o perfil elegante e encorpado que conhecemos hoje.

A região de Barbaresco ganhou destaque após a Segunda Guerra Mundial, quando produtores como a família Gaia e a criação do Produttori del Barbaresco trouxeram a qualidade de volta às garrafas.

No portfólio da Ivini, você encontra exemplares premiados como o Barolo DOCG e o Barbaresco DOCG, todos altamente respeitados. Se você está pronto para descobrir a intensidade do Barolo e a elegância do Barbaresco, esses vinhos são escolhas perfeitas para sua adega.

Ok, esse post tem um toque de auto-indulgência. Além de adorar vinhos, sou fanático por pizzas. Então, pensei: por que não juntar o útil ao agradável e, de quebra, já planejar o menu para o final de semana? Em minha defesa: acredito que eu esteja na companhia de algumas milhares de pessoas. Milhões, para ser sincero. Pizzas e vinhos nunca estiveram tão em alta.

Bom, logo de cara dá para dizer que essa é uma combinação relativamente simples. Há muitos vinhos que combinam com muitas pizzas, dependendo dos ingredientes em questão. A lógica segue aquela de sempre: pratos mais gordurosos e/ou ricos em proteínas caem bem com vinhos ricos em tanino. Opções mais leves podem ser acompanhadas por uma variedade maior de vinhos tintos e até mesmo brancos (mais sobre isso em seguida).

No entanto, a ideia é sempre darmos um passo além, transformando a ocasião gastronômica em uma experiência, não é mesmo? Por isso, o desafio deste post residiu em conjugar sabores de pizzas verdadeiramente italianos com vinhos igualmente oriundos da Velha Bota.

3 harmonizações de vinhos e pizzas clássicas italianas

1. Margherita + Barbera d’Alba: a mais tradicional das pizzas italianas, também conhecida como "Napolitana", não leva nada além de molho de tomate, pedaços de mussarela fresca e manjericão e deve ter o tamanho do seu prato. Justamente por ser símbolo de simplicidade, a Margherita harmoniza perfeitamente com o Barbera d’Alba, que é marcado pelo frescor de suas notas, assim como pela acidez final, que casa perfeitamente com o molho vermelho.
2. Funghi + Barolo: essa é uma pizza tradicional na Itália, que leva uma grande variedade de cogumelos. Essa riqueza de sabores conjugada com a gordura da mussarela e um pouco de tomilho fazem desta a minha opção favorita (mas, é claro que você tem que gostar de cogumelos). Geralmente, os cogumelos e as ervas são posicionados em cima de uma base cremosa de queijo; por isso, a combinação com uma versão envelhecida de Nebbiolo, como um Barolo tradicional, funciona bem para destacar características de sabor semelhantes, todas com acidez perfeita para cortar a cremosidade do queijo.
3. Prosciutto e Rúcula + Scavigna Bianco: esta pizza combina duas especiarias muito queridas na Itália: presunto e rúcula, ingredientes que a torna leve e saborosíssima ao mesmo tempo. Na prática, as carnes curadas e as saladas verdes são ótimas para uma harmonização marcante e fresca ao mesmo tempo. É por isso que o Scavigna Bianco é indicado. É o equilíbrio perfeito entre sofisticação e simplicidade à mesa.

A região Noroeste da Itália é muitíssimo famosa pelo cultivo das uvas Nebbiolo e por ser o berço de dois dos vinhos mais sofisticados e inesquecíveis da “Velha Bota”: Barolo e Barbaresco. Ambos os vinhos são produzidos na região das Langhe no Piemonte a uma distancia de 24 km, trajeto que você pode percorrer de carro pela belíssima Strada Provinciale em pouco mais de 20 minutos.

Só falta esses dois vinhos serem feitos exatamente com a mesma composição de uvas para que possam ser considerados idênticos, certo?

Errado.

Barolo e Barbaresco são compostos exclusivamente por uvas Nebbiolo. Têm origens geográficas praticamente iguais. São comercializados por preços normalmente parecidos. Mas são bastante diferentes no paladar e na harmonização.

Como isso é possível? O segredo está no solo

Em Barbaresco, a terra é mais arenosa e rica em nutrientes e, por isso, as vinhas não produzem tanto tanino quanto em Barolo. Se considerarmos a composição dos solos dessas regiões, no entanto, margas calcárias dão o tom geológico. Trata-se, basicamente, de um solo à base de argila e rico em cal. A cal torna a terra mais alcalina, o que, curiosamente, faz com que as vinhas produzam uvas com um pH mais baixo (mais ácidas). Nem é preciso dizer que a acidez é um componente muito importante para gerar vinhos de alta qualidade, não é mesmo?

Na prática, ambos os vinhos apresentam fragrância de rosas e cereja e têm um acabamento bem longo. A diferença está mesmo no palato médio (o tanino não vai ser marcante no Barbaresco). O Barbaresco pode ser considerado mais leve e elegante, o Barolo mais potente e concentrado.

Processos produtivos (e histórias) diferentes

Devido ao tanino elevado, Barolo exige envelhecimento ou amadurecimento de três anos (cinco para o Riserva) antes de ser liberado para consumo, enquanto Barbaresco requer apenas dois anos (quatro para o Riserva). Essa diferença no tempo de envelhecimento acaba impactando a forma como o sabor frutado do vinho se apresenta.

É na história, entretanto, que esses vinhos se mostram ainda mais diferentes. Barolo é, aproximadamente, 50 anos mais velho do que Barbaresco, tendo sido nomeado em homenagem à Marquesa de Barolo, na década de 1850. Naquele tempo, os vinhos de Barolo eram (fortemente) doces e frutados.

Já Barbaresco nasceu em 1894 com sabor próximo aos vinhos de Barolo. Ambas as regiões sofreram muito com infestações de filoxera (inseto parasita de videiras) durante as Guerras Mundiais e acabaram produzindo vinhos de baixa qualidade; mas, a partir dos anos 1950, com o início dos Produttori del Barbaresco (um consórcio de pequenos produtores), a região se consolidou como um pólo indiscutível para os amantes de vinhos ao redor do mundo.