Sommeliers, enólogas, enófilas e consumidoras. Atualmente, é possível encontrar ao redor do mundo mulheres que se afinizam com os mistérios e encantos do vinho presentes em toda a cadeia do mercado vinícola. Mas, a verdade é que a realidade nem sempre foi assim. Na postagem anterior sobre a força feminina ao longo da história da bebida você entrou em contato com os perfis daquelas que abriram as portas para que as novas gerações tivessem a chance de conquistar espaços neste nicho. E, quem são elas? É o que descobrirá a seguir com a lista das cinco profissionais com maior poder de influência na modernidade. 

Gina Gallo

O enólogo é o responsável por tomar todas as decisões durante a elaboração do vinho. Ou seja, atua desde a análise do solo até o encontro das melhores práticas para a colheita das uvas. O especialista também costuma participar do período pós-colheita ao definir o momento ideal para a comercialização do produto final. No caso, esta foi a profissão escolhida pela norte-americana Gina Gallo que começou a trabalhar na vinícola familiar Gallo Family Vineyards. Localizada na Califórnia, a companhia fundada em 1933 por Ernest (tio-avô) e Julio Gallo (avô) tornou-se uma gigante mundial com uma venda média de 75 milhões de caixas de vinhos ao ano.

Annette Alvarez-Peters

Entre as responsabilidades de ser um diretor de compras do departamento de vinhos e cervejas da importadora norte-americana de vinhos finos franceses Costco encontram-se o direcionamento de compradores regionais, assistência a compradores internacionais, liderança do desenvolvimento de novas bebidas para o programa Kirkland Signature, estreitamento de relações com fornecedores e distribuidores, e, interação com os demais departamentos da companhia que estejam envolvidos com a comercialização dos produtos alcoólicos. Diante deste cargo, Annette Alvarez-Peters contribui para o alcance de uma venda anual de US$ 1 bilhão enquanto também se dedica a produzir seis colunas ao ano para a publicação interna “Conexão Costco”.

Debra Meiburg MW

Nascida na Califórnia, Estados Unidos, Debra Meiburg é a primeira pessoa com base no continente asiático a atingir o título de Master of Wine - teste de qualificação que avalia o conhecimento teórico e prático sobre a bebida. Em seguida, idealizou a  Cathay Pacific Hong Kong International Wine e Spirit Competition a fim de promover competições sobre vinho também na região asiática. Além destas realizações, ela trabalha como juíza de concursos da bebida.

Judy Leissner

Judy Leissner assumiu a vinícola familiar Grace Vineyard com apenas 24 anos de idade. Ao longo de uma década conseguiu transformar a marca originária de Hong Kong no carro-chefe do vinho fino chinês sendo que a propriedade de 200 hectares produz cerca de dois milhões de garrafas anualmente com vendas nos principais bares e hotéis de luxo da China. 

Elisabetta Foradori

Aos 20 anos Elisabetta viu-se à frente dos negócios da família Foradori. Localizada em Trentino na Itália a vinícola apresenta 26 hectares de vinhedos divididos entre as regiões do Campo Rotalino e das Colinas de Cognola. Neste ambiente, a enóloga transformou-se em uma das principais produtoras da tradicional uva fina Teroldego cujo o cultivo é extremamente complexo. Ao longo do tempo, a profissional optou por adotar uma abordagem biodinâmica na agricultura das castas. 

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Quando se trata de igualdade na sociedade, a luta das mulheres não é nenhuma novidade. Inclusive, na vinicultura. Uma pesquisa conduzida pela Australia’s The Fabulous Ladies’ Wine Society identificou que uma a cada cinco mulheres ao redor do mundo na indústria do vinho recebe um salário menor do que o colega do gênero masculino. Ainda neste contexto, duas a cada três profissionais relataram casos de assédio e preconceito no ambiente de trabalho.

Felizmente, cada vez mais esta situação caminha para uma realidade com modificações efetivas a partir de um número crescente de mulheres dispostas a fazer a diferença no mercado. Mas, é importante ressaltar que esta conquista de espaço está sob as asas de um consagrado time de forças femininas. Quer saber quem são aquelas que abriram as portas para as novas gerações e marcaram a história do vinho? Veja abaixo:

1777 a 1866

Barbe-Nicole Ponsardin nasceu em Reims, na França, em uma nobre família do segmento têxtil que também tinha um envolvimento com a política. Casou-se aos 21 anos com François Clicquot que chegou a falecer seis anos depois, o que a deixou à frente da produção de champanhe na marca Veuve Clicquot. Por sua vez, a francesa guiou a idealização da técnica riddling na qual as bebidas são engarrafadas em um ângulo de 45 ° com a rolha para baixo. A cada dois dias os produtos são agitados e alternados da esquerda para à direita sendo armazenados novamente em um ângulo maior. A metodologia contribui para que os sedimentos do líquido caminhem em direção ao topo da garrafa. Ao todo, o processo dura de oito a dez semanas.

1811 a 1896

Antónia Adelaide Ferreira é de Peso da Régua, em Portugal, e descobriu a veia empreendedora aos 33 anos ao ficar viúva do marido. Ferreirinha, como era popularmente conhecida, casou-se novamente com o administrador José da Silva Torres e dedicaram-se ao cultivo do vinho do porto. Juntos, o casal enfrentou a ausência de incentivos do governo que priorizava o investimento em construções de estradas e na aquisição de vinhos espanhóis. Outro feito da empresária foi o deslocamento até a Inglaterra para entrar em contato com as tendências em vinificação a fim de salvar as plantações que estavam infestadas com a peste filoxera. 

1890 a 1965

Emily Law de Lauriston Boubers casou-se com o neto  de um dos sócios da produtora francesa de vinhos espumantes Bollinger que faleceu em 1941. Por consequência, “Lily” assumiu a empresa em plena Segunda Guerra Mundial no período em que a França foi ocupada pelos nazistas. Contudo, a adversidade não foi um impedimento para que ela viajasse ao redor do mundo para promover a marca e expandisse a produção  de bebidas por meio da compra de vinhas.

1951

A engenheira agrônoma e pós-graduada em viticultura na França Maria Luz Marin é a primeira mulher a exercer a função de enóloga no Chile onde quebrou um paradigma climático da vinificação ao construir a  produtora Viña Casa Marin em San Antonio. O local é caracterizado pelas neblinas matinais, ventos fortes e baixas temperaturas na época do amadurecimento das uvas - o que não é comum no meio. Mas, aos poucos mostrou aos especialistas que vale a pena apostar em um clima frio.

1953

Donatella Cinelli pertence a uma família de produtores de Brunello di Montalcino na Toscana e estimulou o crescimento do turismo de vinho na Itália ao criar o movimento Manifestação Vinícola Aberta. Após trabalhar em um ambiente familiar por 14 anos decidiu empreender ao abrir a vinícola Casato Prime Donne na qual trabalham somente mulheres na elaboração de Brunellos. Os produtos do negócio encontram-se entre as premiações de melhores vinhos italianos.

1954

Apesar de ser formada em Filosofia e Matemática, a inglesa Jancis Robinson está na lista das maiores especialistas em vinho ao redor do mundo sendo a primeira pessoa fora do círculo de vinicultores a receber o título de Master of Wine - teste de qualificação que avalia o conhecimento teórico e prático sobre a bebida. Além de ser autora de valiosas publicações como o Atlas do Vinho, ela participa de degustações internacionais e foi a escolhida como consultora oficial da adega do Palácio de Buckingham.

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É inegável que o Carnaval é uma das mais queridas festas populares do Brasil. No último ano, a indústria carnavalesca mobilizou aproximadamente R$ 6,25 bilhões e gerou ao todo de 20 mil empregos. A festividade que acontece ao longo do mês de fevereiro e início de março apresenta um significado ligado à liberdade onde os brasileiros têm as opções de participar de blocos de rua ou de desfiles de escolas de samba em sambódromos nos quatro dias que antecedem a quaresma - período religioso voltado a preparação para a Páscoa. Quanto às temáticas, costumam envolver sátiras sociais ou questões politizadas. 

Apesar do Carnaval ser tão enraizado na cultura brasileira, a data também é celebrada nos demais países. Na Itália, o começo da tradição remete aos séculos XV e XVI em Florença com o surgimento de  grandes carros alegóricos apelidados de "triunfos”. Atualmente, o evento ocorre no final do inverno em pleno clima de 12 graus variando de acordo com a região. Enquanto alguns foliões investem em elaboradas fantasias para desfiles exuberantes, outros dão preferência ao tradicional por meio de uma movimentação amena em parceria com comidas típicas.

Entre os locais que destacam-se pela comemoração estão as pequenas ilhas ao Nordeste da terra da “bota” em Veneza. A festividade que tem duração de dez dias é caracterizada pela elegância das máscaras sendo a “bauta” a principal delas. O material que tem a intenção de reproduzir a figura da nobreza é composto pelos seguintes elementos: bico, chapéu de três pontas, casaco e uma capa preta de seda. Os figurinos também tendem a ser inspirados na Commedia Dell’Arte (pierrôs, colombinas e arlequins). Por fim, uma curiosidade do evento é o fato de ser promovido pela elite cultural, então, disponibiliza ao público exposições de arte, desfiles de moda e apresentações teatrais.

Outro Carnaval reconhecido mundialmente é o da comunidade italiana Viareggio. O diferencial deste lugar são as alegorias feitas de papel-machê que retratam personagens dos campos político e do entretenimento a fim de promover uma sátira irônica. Nesta celebração, os carros desfilam em uma avenida de dois quilômetros com vista para o mar Tirreno. Já a região de Ivre é famosa pelo caráter medieval onde os costumes da festa são passados de geração em geração tal como a batalha das laranjas em que nove equipes combatem entre si com as frutas.

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Entre as clássicas cenas presentes na mente de quem se afiniza com uma taça de vinho encontra-se a do fondue acompanhado de um tinto encorpado com o intuito de aquecer o ambiente nas baixas temperaturas -  o que desassocia a degustação da bebida a estações como o verão. Mas, a verdade é que o produto não exige uma data específica para o consumo e apreciá-lo em dias ensolarados trata-se de uma atitude que pode render belas surpresas especialmente quando a escolha é o refrescante vinho branco.

Embora exista uma média de 10.000 variedades de uvas no mercado prontas para trazerem vida a este estilo de vinho, as ideais em períodos quentes são as que proporcionam as seguintes características: leveza, juventude, baixo teor alcoólico e tons secos. Neste contexto, a Chardonnay destaca-se pela simplicidade e versatilidade no cultivo sendo a base de bebidas extremamentes secas com influências amadeiradas. Por sua vez, a Riesling também entra na lista das brancas mais valorizadas pelos produtores devido a volubilidade. Ou seja, resulta tanto em um título seco e longínquo quanto em um produto doce e jovem. Outro fruto que tende a fazer a diferença na produção de brancos no verão é a Sauvignon Blanc que leva ao paladar uma acidez suave altamente frutada.

Quando o assunto são os processos de vinificação, a primeira atividade é inserir as uvas brancas em uma prensa horizontal e na desengaçadeira a fim de realizar uma compressão sutil das frutas para conseguir retirar o suco sem esmagar sementes e cascas. Em seguida, acontece a filtragem do líquido que passa pela sulfitagem onde recebe elementos antioxidantes com o objetivo de conservar a qualidade da bebida. Já na etapa de fermentação, o insumo é encaminhado aos tubos de aço inoxidáveis nos quais ocorre o controle da temperatura. Afinal, vinhos brancos leves devem ser mantidos em 8º a 10 º C enquanto que os secos precisam fermentar até o final da transformação de todo o açúcar em álcool etílico.

Ao abordar os tipos de brancos, é importante ressaltar que os agrupamentos deste estilo de vinho levam em consideração os aspectos de leveza/frescor, aromas/doçura e corpo. Contudo, há alguns títulos que fogem as regras e trafegam livremente em diferentes grupos. Para saber as principais estruturas da bebida, veja abaixo:

Leves - De pouco corpo, estes vinhos jovens são conhecidos pelo frescor, acidez acentuada e até uma certa mineralidade no sabor. Normalmente o consumo deve ser imediato em uma temperatura de 8º a 10ºC. Aos que desejam ter esta experiência degustativa, uma sugestão é o Baglio di Stefano - Pinot Grigio. As notas de coentro e limão harmonizam perfeitamente com entradas e pratos vegetarianos.

Encorpados - De menor acidez, os vinhos com maior potencial de envelhecimento em garrafa costumam apresentar aromas e sabores complexos por conta do amadurecimento em barris de carvalho. Neste caso, o elegante Vermentino Thilibas é uma ótima opção em conjunto com carnes brancas, massas e queijos.

Aromáticos - Caracterizada por um intenso perfume de flores e frutas, a bebida é recomendada aos degustadores iniciantes porque apresenta um paladar doce e equilibrado que se adéqua aos peixes e frutos do mar. Uma alternativa assertiva é o Marchese Montefusco - Chardonnay com ricas fragrâncias de flor de laranjeira e jasmim.

Saúde, bem-estar dos animais e preservação do meio ambiente. Estas são as principais reflexões na mente de quem decide adotar o veganismo no qual é indispensável ter o conhecimento da procedência de um produto ou serviço. Logo, diferentemente do vegetarianismo, o movimento idealizado há 70 anos representa mais do que apenas uma dieta. Trata-se de um estilo de vida que procura zelar pela liberdade e integridade dos bichos ao eliminar da rotina qualquer mercadoria de origem animal ou derivados. 

Apesar da ausência de um estudo efetivo sobre o conceito, é possível afirmar que o veganismo encontra-se em constante crescimento ao redor do mundo. Inclusive, o Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística (IBOPE) identificou que 55% dos brasileiros estão dispostos a consumir produtos veganos. Quando o assunto são os benefícios da iniciativa, as dietas que evitam carnes tendem a abaixar os níveis de gorduras saturadas no sangue - o que significa que as chances dos adeptos adquirirem doenças como hipertensão, câncer e diabetes são reduzidas. 

Ao inserir a prática na enogastronomia, é importante ressaltar que os pratos veganos harmonizam perfeitamente com os vinhos. Neste contexto, o segredo para alcançar combinações (muito) saborosas é respeitar a seguinte regra: o peso do alimento deve ser equivalente ao da bebida. Portanto, opções fortes se adéquam a títulos intensos. Já uma alternativa leve pede garrafas suaves e refrescantes. Em relação aos temperos como a pimenta que são marca registrada no veganismo, a melhor saída é uma escolha frutada com notas ácidas a fim de atingir um certo frescor capaz de trazer fluidez ao processo de degustação. 

Quer conhecer em detalhes os caminhos para  harmonizar vinhos com a culinária vegana? Então, veja abaixo: 

Tinto

O tradicional vinho tinto encaixa com excelência em receitas de massas, frituras e molhos preparados com frutas porque apresenta uma estrutura encorpada que consegue lidar com alimentos de “maior peso”. Para os amantes desta bebida, uma sugestão é o título Negroamaro com notas persistentes de pequenos frutos vermelhos. 

Branco

As produções com uvas brancas são uma espécie de braço direito dos apreciadores de vinhos que simpatizam com o veganismo, pois os pratos que dispensam o uso de carnes costumam ser leves. Por consequência, é fundamental que a bebida siga este norte a fim de não sobressair ao sabor dos alimentos. Neste caso, os toques de coentro e limão do Baglio Di Stefano - Pinot Grigio são incríveis para esta finalidade especialmente em ocasiões com verduras, legumes, hambúrguer vegano e petiscos crú.

Rosé

A delicadeza do rosé harmoniza com sabores sutis como molhos agridoce, massas suaves e sopas. Indo de encontro a esta experiência, o Marchese Montefusco - Rosato é uma escolha inegável.

Espumante

A acidez em parceria com o frescor dos borbulhentos espumantes faz toda a diferença em pratos que necessitam ser consumidos na hora igual as saladas, por exemplo, enquanto que os suaves são incríveis com sobremesas de frutas. Uma companhia versátil que impede erros de harmonização é o título Franciacorta Brut. 

Por fim, em momentos de dúvidas basta harmonizar por meio das cores. De maneira geral, os alimentos de coloração quente combinam com os tintos e os frios com os brancos. Arrisque-se, vale a pena! Encontre a melhor opção para você em www.ivini.com.br.