A degustação do vinho vai além de apenas apreciar um bom rótulo, significa examinar sua aparência, os aromas, bem como os sabores. Os aromas, em primeiro lugar, contêm muitas informações importantes. Por exemplo, algumas fragrâncias podem revelar a variedade de uva, mas cada gole é uma experiência sensorial única que nos leva por uma viagem de sabores, aromas e texturas.

Mas você sabe como funciona a avaliação na nossa boca? A degustação na boca acontece geralmente em três fases: início, meio e fim da língua. Cada fase proporciona ao degustador a oportunidade de avaliar diferentes aspectos do vinho. Para explorar ainda mais cada uma delas, listamos as três etapas principais da degustação na boca e suas características. Vamos lá?

Início: O primeiro contato

Ao degustar um vinho, o sabor inicial, delicadamente absorvido pela língua, revela nuances que podem variar de frutas frescas a notas cítricas. A textura e a viscosidade são características que não passam despercebidas. Os vinhos brancos podem dançar levemente na língua, enquanto os tintos podem apresentar uma presença mais marcante e encorpada, proporcionando uma experiência tátil única. O equilíbrio perfeito entre acidez, taninos e doçura é a promessa de uma experiência inicial que prepara o palco para o que está por vir.

Algumas dicas para esse primeiro momento:

• Sabor Inicial: Observe se há sabores imediatos e distintos, como frutas, acidez inicial ou doçura.

• Textura e Viscosidade: Avalie a textura do vinho. Isso inclui a sensação na língua e a viscosidade. 

• Equilíbrio: Analise se os elementos básicos, como acidez, taninos (em vinhos tintos) e doçura (se houver), estão equilibrados e se nenhum deles domina excessivamente.

Meio: O desdobramento de sabores e complexidade

No desenrolar da degustação, a fase intermediária é onde os sabores evoluem, revelando camadas adicionais de complexidade.  A complexidade se manifesta na variedade de sabores que se desenvolvem na boca, desde notas secundárias até características terciárias que contam a história única de cada vinho. A qualidade é evidente na forma como os taninos (em tintos) contribuem para a estrutura, proporcionando uma sensação aveludada ou uma firmeza que caracteriza vinhos excepcionais.

Confira algumas dicas para essa fase:

• Evolução de Sabores: À medida que o vinho se desenvolve na boca, observe como os sabores se modificam e evoluem. Isso pode envolver a detecção de camadas adicionais de sabor, como notas secundárias e terciárias.

• Complexidade: Avalie a complexidade do vinho. Vinhos de alta qualidade muitas vezes revelam uma variedade de sabores à medida que evoluem na boca, proporcionando uma experiência mais rica e interessante.

• Taninos e Estrutura: Em vinhos tintos, preste atenção à forma como os taninos se manifestam. Eles devem contribuir para a estrutura do vinho, proporcionando firmeza e, muitas vezes, uma sensação adstringente.

Fim: A finalização memorável

No terceiro ato da degustação, o final é o que deixa uma impressão duradoura. A persistência dos sabores após engolir é um indicador de qualidade e refinamento. A finalização limpa e agradável é a cereja no topo do bolo, enquanto qualquer amargor indesejado é cuidadosamente evitado. 

Para finalizar, algumas dicas extras:

- Persistência: Avalie quanto tempo os sabores persistem após engolir (ou cuspir). A persistência é uma indicação da qualidade e complexidade do vinho. 

- Final Limpo ou Amargo: Observe se o final é limpo e agradável ou se há algum amargor desagradável. Um final limpo é geralmente considerado positivo.

- Avaliação Geral: Reflita sobre a experiência total na boca. Como o vinho se comportou desde o início até o final? Ele proporcionou uma experiência equilibrada e agradável?

Ao concluir a degustação, é hora de refletir sobre a jornada, apreciando a harmonia do vinho e a habilidade do produtor em criar uma experiência inesquecível. Lembrando que a degustação do vinho é subjetiva e cada pessoa pode ter preferências individuais. Essas etapas ajudam a estruturar a análise, mas a apreciação do vinho também é uma experiência pessoal e cultural. Cin Cin!

Quando se trata de vinhos portugueses, muitos de nós imediatamente pensamos em vinhos feitos a partir das uvas mais famosas, como Aragonês, Trincadeira ou Touriga Nacional. Mas se há algo que os amantes de vinho gostam é de descobrir novos sabores e experiências sensoriais, não é mesmo? Por isso, seguindo nossa série de Uvas para sair do óbvio, hoje queremos te convidar a explorar as variedades de uva de Portugal, não tão conhecidas, mas que oferecem uma jornada fascinante e deliciosa.  Vamos lá?

Moscatel Galego Branco: Uma Experiência Floral e Aromática

Originária da Península Ibérica, a uva Moscatel Galego Branco é conhecida por sua intensidade aromática. Ao degustar um vinho feito com essa uva, você será envolvido por notas florais e um perfume sedutor. A Ivini apresenta opções que destacam o melhor dessa uva, proporcionando uma experiência única e marcante para os apreciadores de vinhos aromáticos.

Nossa sugestão é o Fraga da Galhofa Moscatel Galego Branco Douro DOC, que faz parte da seleção de vinhos da vinícola Vini Lourenço, que é importado exclusivamente pela Ivini diretamente de Portugal. 

Produzido 100% com uvas Moscatel Galego Branco, o rótulo tem bouquet intenso com notas frutadas e florais. Na boca surpreende pela acidez, mineralidade e frescor, com frutas tropicais que dominam o paladar. Seco, encorpado e com final persistente. Todo esse sabor resultou na premiação da Medalha de Ouro "Vinum - Best of Portugal".

Códega do Larinho: Elegância e Complexidade em Cada Gole

A Códega do Larinho é uma uva branca que traz elegância e complexidade aos vinhos. Originária das regiões vinícolas de Portugal, essa variedade contribui para vinhos frescos, com boa acidez e um perfil que desperta curiosidade. Se você está em busca de algo diferente, os vinhos elaborados com Códega do Larinho na iVini são escolhas certeiras para surpreender o seu paladar.

Quer experimentar? Nossa sugestão é o Caves de Murça Branco, da região do Douro, em Portugal. Produzido com um blend de uvas Códega do Larinho, Gouveio e Viosinho, o rótulo tem um aroma frutado, fresco com leves notas florais. Na boca revela acidez equilibrada, elegância, boa estrutura e final persistente. É uma ótima opção para acompanhar pratos leves de peixe, mariscos, carnes brancas e saladas. 

Rabigato: Descubra a Expressão Única do Terroir Português

A uva Rabigato é uma verdadeira joia das vinhas portuguesas. Com uma expressão única do terroir local, os vinhos produzidos com Rabigato oferecem uma combinação equilibrada de acidez e frescor. Essa uva traz uma assinatura peculiar aos vinhos, proporcionando uma viagem sensorial autêntica pelos sabores de Portugal.

Você já se sentiu preso durante uma conversa sobre vinho porque não tinha ideia do que eles estavam falando? Ou teve alguma dúvida sobre vinho em algum restaurante ou loja, mas ficou com receio de perguntar a algum sommelier? Para te ajudar, nós separamos as principais dúvidas que os consumidores de vinhos têm perguntado aos sommeliers. Quem sabe não é a mesma que a sua! Vamos lá?

1. Qual vinho você me recomenda?
   Muitas vezes, novos clientes perguntam-nos que vinho os sommeliers recomendam, o que não ajuda muito, pois eles não sabem o que procuram. Embora tenha sempre o prazer de recomendar a sua preferência ou o vinho preferido do momento, pode não ser do agrado do cliente. Já imaginou você receber a recomendação de uma boa garrafa de tinto quando você só queria um copo de branco com a carne, por exemplo? 
   
   
2. Como devemos degustar o vinho quando o sommelier coloca um pouco em nossa taça para provar? O que devo fazer caso eu não goste do vinho escolhido– mesmo que não haja nada tecnicamente errado com ele?

Cheire rapidamente e experimente. Aprecie se gosta ou não, se está na temperatura certa e se deseja que o sommelier decante ou não. Caso o vinho não seja do seu agrado, informe ao sommelier e ele pode trocar para você.

3. Por que um vinho é armazenado de lado?

Esta é uma pergunta comum sobre vinhos. Para que o vinho dure, a rolha precisa de permanecer úmida. Uma rolha seca resultará num vinho desagradável e com aspecto bolorento. Se o vinho for consumido dentro de algumas semanas, armazená-lo na vertical é perfeitamente adequado. 

4. Os produtores de vinho adicionam sabor ao vinho?

Os produtores de vinho adicionam uma série de aditivos ao vinho para ajudar a estabilizá-lo, preservá-lo limpo ou fermentá-lo. Porém, os sabores e aromas que surgem ocorrem naturalmente devido aos compostos químicos.

5. A pergunta definitiva sobre o vinho: O que são taninos?

Os taninos não são encontrados no vinho branco, apenas nos tintos. Isso ocorre porque os vinhos tintos são fermentados com cascas e sementes. Os compostos amargos são extraídos durante a fermentação, semelhante aos encontrados no chá preto. Estes são os taninos. Fazem com que os vinhos tintos tenham gosto de frutas vermelhas e também conferem ao vinho tinto sua sensação de secagem.

6. Uma velha questão sobre o vinho: O que são sulfitos?

Os sulfitos são uma substância natural encontrada em muitas frutas secas e alimentos. No caso da produção de vinho, é adicionado para garantir que o vinho possa ser conservado por mais tempo. Eles não são prejudiciais, apesar da má publicidade.

7. O que é um superdegustador?

Um superdegustador é um indivíduo extremamente sensível aos sabores, principalmente aos amargos, devido às papilas gustativas adicionais que possui. Esses indivíduos muitas vezes não conseguem desfrutar de alimentos e vinhos com compostos amargos. Tudo se resume ao tanino e é um atributo genético.

8. Como posso aprender sobre vinho?

Existem muitos livros, notas, blogs e vídeos facilmente acessíveis hoje para ajudar qualquer pessoa que queira aprender sobre vinho, vinicultura e produção. É melhor começar com o básico. Uma sugestão é  fazer um curso de vinhos em uma escola local. 

Além disso, fazer degustações regulares e anotações também serão de grande benefício para você. Com a prática, você conseguirá treinar seu paladar para encontrar os diferentes sabores e aromas.

Aqui no Blog da Ivini, você encontra muitos conteúdos e dicas que irão te ajudar a desfrutar ainda mais do universo do vinho. 

Você foi convidado para algum evento e pensou em levar uma garrafa de vinho para presentear o anfitrião ou compartilhar com os amigos? Mas qual vinho escolher? O mundo do vinho pode ser um lugar complicado e confuso às vezes, repleto de termos complexos que podem nos deixar nervosos toda vez que temos que escolher o que esperamos ser uma ótima garrafa.

Muitos de nós simplesmente recorremos à escolha aleatória, e isso pode trazer alguns resultados agradáveis, mas também pode gerar algumas decepções. Pensando nisso, o portal Good Pair Days reuniu algumas dicas que nós acreditamos que podem te ajudar  a escolher sempre algo saboroso e memorável. Vamos lá?

Evite os grandes nomes

É improvável que você fique realmente entusiasmado com as grandes marcas do mundo do vinho, principalmente porque elas foram projetadas para atrair o maior público possível.

Serão produzidos em grande número, a partir de frutas projetadas para produzir os maiores volumes, com pouca consideração pelo sabor ou interesse. Opte pela alternativa, a independente, a de baixo rendimento. São essas vinícolas que têm que lutar para divulgar seu nome e vão produzir vinhos pensados ​​​​para serem lembrados e comprados novamente, construindo gradativamente uma base de fãs dedicada.

Esteja atento às 'pequenas regiões' nos vinhos do velho mundo

Nos vinhos europeus do Velho Mundo, há uma característica relativamente simples a ter em conta, que geralmente lhe dará alguma indicação da qualidade do produto dentro da garrafa. Nos grandes países produtores de vinho como Itália, Portugal, França e outros, existe uma série de leis e regulamentos rigorosos, concebidos para manter a qualidade elevada e as adegas que produzem vinhos característicos e representativos das suas regiões e sub-regiões.

Se você comprar uma garrafa da Itália, por exemplo, e a região estiver listada como "Itália" no rótulo, é provável que não seja muito boa. Este seria provavelmente um vinho de lote, feito a partir de produtos de diversas quintas. A razão é que não atendeu aos critérios de qualidade que lhe permitem representar uma área geográfica menor.

Seguindo esta regra até à sua conclusão lógica, quanto menor for a região, sub-região, aldeia ou denominação específica listada na garrafa, melhor será a qualidade e mais controlo de qualidade será submetido antes de ser lançado ao público.

Pensado em comida

Se você foi convidado para jantar, ou está em um restaurante, tenha em mente que você vai beber seu vinho enquanto come e, por isso, se você souber qual será o prato escolhido, mais fácil você acertar no vinho.  A regra básica é estar consciente do sabor forte da sua comida antes de escolher o seu vinho. Se for um prato leve e de sabores delicados, opte por um bom vinho branco ou tinto de corpo leve. Se for um prato escuro, picante e carnudo, você vai querer algo profundo e encorpado para complementá-lo.

Se há algo que torna a experiência de degustar vinhos verdadeiramente memorável, é a busca pela harmonização perfeita entre o rótulo escolhido e a variedade de sabores que a culinária oferece. 

Como falamos anteriormente, a Linha Premium de Vinhos do Porto da Quinta da Boeira agora fazem parte da seleção especial que você encontra em nossas lojas e estamos entusiasmados em compartilhar algumas dicas sobre como elevar a sua experiência com Vinhos do Porto, combinando-os com uma seleção cuidadosa de alimentos que ressaltam suas características únicas. Vamos lá?

1. Queijos Azuis: Uma Dança de Sabores Intensos

Os Queijos Azuis, como Roquefort, Bleu e Gorgonzola, encontram um parceiro à altura nos Vinhos do Porto. A doçura natural destes vinhos contrasta elegantemente com a intensidade e salinidade desses queijos. Experimente um Porto Tawny mais envelhecido com um Roquefort robusto para uma explosão de sabores que dançam no paladar. Nossa dica é o Vinho do Porto 10 anos Decanter Quinta da Boeira, que é envelhecido por cerca de 10  anos em barricas de carvalho e faz um match perfeito com queijos azuis. 

2. Queijos Curados: Elegância em Cada Gole

A sutileza dos Queijos Curados encontra eco nos taninos equilibrados dos Vinhos do Porto Vintage. A complexidade desses queijos ressalta as nuances do vinho, criando uma combinação elegante e sofisticada. Sugerimos experimentar um Vinho do Porto 20 anos King Quinta da Boeira com um queijo Manchego envelhecido para uma experiência verdadeiramente refinada.

3. Frutas Secas: Uma Doçura Compartilhada

As frutas secas e os Vinhos do Porto têm uma afinidade natural. Seja com um Porto Branco ou Tawny, as notas frutadas do vinho complementam a doçura concentrada das frutas secas. Ameixas, figos e damascos secos são escolhas excepcionais para esta harmonização, proporcionando uma explosão de sabores a cada gole.

O Vinho do Vinho do Porto Branco Diamond Quinta da Boeira, por exemplo, é ideal com frutas secas, figo, tâmara, damasco e nozes. 

4. Combinação de Frutas com Embutidos: Contrastes que Encantam

A mistura de frutas frescas com embutidos cria uma sinfonia de contrastes.  A acidez do vinho equilibra a gordura do embutido, enquanto a doçura da fruta adiciona camadas de sabor.

O Vinho do Porto Branco Diamond Quinta da Boeira é o resultado de uma seleção de uvas brancas, cuidadosamente envelhecidas em barricas de carvalho, que combina super bem também com combinações de frutas com embutidos, como por exemplo melão com presunto cru.

5. Chocolate: Um Final Adocicado e Sofisticado

Encerre sua jornada gastronômica com uma harmonização clássica - Vinhos do Porto e chocolate. A doçura do vinho equilibra a intensidade do chocolate, criando uma combinação indulgente. Um Porto LBV (Late Bottled Vintage) com chocolate ao leite é uma escolha particularmente deliciosa.